O sumário de uma oração

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“Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre”

Mateus 6:13b

Jesus ao transmitir o ensino de todo o sermão do monte (Mateus 5, 6 e 7) deixou exposto as características de caráter daqueles que podem fazer parte e habitar no Reino de Deus. Quando ele fala do progresso das bem-aventuranças, inicia com: “Bem-aventurados os humildes de espírito, pois deles é o Reino dos Céus”, e conclui ao oitavo item dizendo: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da Justiça, pois deles é o reino dos céus”. Sim, o início e o fim de toda alegria, felicidade e mesmo de dor, sofrimento e perseguição deve redundar na herança do Reino dos Céus, se em Jesus nos apoiarmos. Porém, da mesma maneira com que Jesus nos explica isso, também o faz ao nos ensinar a orarmos, pois junto do reconhecimento da santidade e posição de Deus como Pai, Ele nos ensina a almejarmos esse lugar pedindo: “venha o teu Reino”, e ao concluir também nos diz: “Pois teu é o Reino, o poder e a Glória para sempre”.

O fim de toda palavra de oração da nossa boca deve condizer com os princípios desse “Reino dos Céus”. Ao orarmos: dá-nos o pão, nos perdoa, não nos deixe cair em tentação, ou também: nos auxilia com isso, faz aquilo e mexe naquela coisa, também devemos estar fazendo pedidos condizentes com esse Reino. Porque quem governa é um Rei poderoso, glorioso e que reinará para sempre, e é Ele quem concede todo e qualquer pedido segundo Seus princípios e vontades, por isso, tudo que for posto diante dEle precisa primeiramente expressar: paz, justiça e alegria do Espírito Santo (Rom 14:17), em segundo lugar, deve estar em harmonia com os propósitos de Deus para cada um de nós. Pois segundo o que Jesus nos transmite, primeiro oramos para que a vontade de Deus se cumpra em nós, e somente então as nossas necessidades, por isso não parece antagônico se primeiro pedirmos para que Deus faça sua vontade e depois pedir para que Ele faça a nossa vontade? Deve haver um alinhamento de propósitos, entre nossas vontades e as dEle, onde sempre temos uma posição de submissão.

Portanto, como nos renderemos à toda e qualquer vontade de Deus sobre as nossas vidas? Primeiramente, não há outro meio a não ser reconhecendo que Ele é Pai! Sim, Deus é Pai para todos aquEles que querem se tornar filhos e herdeiros. Por isso Ele nos ensina, educa, corrige e quanto aos nossos pedidos, para alguns a resposta é sim, para outros não, mas Ele também pode dizer: mais tarde ou, ainda não é o momento. Porém, em segundo lugar, devemos nos render à vontade de Deus, não só por estar na posição de Pai, pois Ele também é esse Rei! Sim um Rei que tem inúmeros súditos a Seu comando, uma real milícia celestial, entre anjos, arcanjos, querubins e serafins, porém além dEles, Deus também já conta com todos os Seus filhos já educados e maduros aqui na terra. Portanto tudo que é ordenado, certamente será executado. Mas há um terceiro ponto! Não só por ser Pai e Rei, pois Ele também é dono de todo poder! Observe toda maravilha da criação, desde os céus, a terra, as plantas e animais, porém muito mais que isso, observe o que somos, o funcionamento do nosso corpo, a nossa capacidade de raciocínio, o como somos perfeitos! Sim, e ainda para tudo isso Ele diz que já nos conhecia ainda antes de nossos ossos serem formados no ventre de nossa mãe (Sa 139:16). Diante disso precisamos admitir que Ele é um Deus cheio de toda glória, e que de fato não à dá a nenhum outro. Por isso, ao observamos todos esses atributos de Deus concluiremos que Ele é para todo o sempre, pois desde a eternidade passada, até a futura será Deus! A fim de que toda e qualquer aproximação dEle nos leve à glorificação a Deus para que digamos: “Pois Teu é o Reino, o Poder e a Glória para sempre”.

Sim! Se meditarmos em tudo isso, ficaremos sem palavras e concluiremos: como não nos entregaremos à aquEle que “julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” (Sa 9:8)? Sim! Porque tudo que Ele estabelece é bom, perfeito e agradável para todos, e deve ser experimentado (Rom 12:2). Afinal devemos fazer parte desse Reino que é inabalável, e esse é o motivo para que “retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Heb 12:28).

Que possamos aprender a estar debaixo não só da paternidade amorosa de Deus, mas também do Seu reinado que é de justiça, paz e alegria, para que experimentemos do Seu poder, a fim de contemplarmos toda glória que há nEle, para todo o sempre! E a isso, digamos Amém!

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