“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”

Mateus 6:11

“O que nos é mais importante?” Essa pergunta pode depender totalmente do momento em que estamos passando, pois quando estamos sem saúde, o desejo de tê-la se torna importante, o mesmo ocorre com a falta de recurso financeiro, etc… Ou seja, principalmente quando perdemos algo, esse bem se torna importante e com um imenso valor para nós.

Por isso Jesus ao nos ensinar a orar coloca em ordem o que deve ser mais necessário em nossas vidas, pois, Ele começa nos ensinando que devemos reconhecer a Deus como Pai e desejar a Sua santificação, para que então o governo do Seu Reino venha sobre cada um de nós, a fim de que a vontade dEle se cumpra tanto no céu como na terra. Porém somente depois de mostrar o que é de suma importância em nossas vidas, mesmo que aparenta não ser uma necessidade diretamente nossa, que Ele nos ensina a pedir: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”.

Quando Jesus disse “quando orares” (v6), Ele não deixou expresso uma ordem de frequência, entretanto ao ensinar a pedir o pão de cada dia, para que nos dê hoje, deixa intrínseco a necessidade de uma oração diária. Porém não somente isso, mas sim uma busca pelas necessidades exclusivas daquele dia no qual estamos orando. Assim é inevitável que também façamos essa mesma oração pela manhã, pois como pediremos pelo pão de hoje, se já estivermos indo dormir? Claro, não somos hipócritas admitindo que Deus não aceita orações pelo dia seguinte. Entretanto o que Jesus quer nos ensinar é para que iniciemos o dia pedindo ao Pai o que realmente nos é necessário, como em dependência dEle, mas também em reconhecimento de que é Ele quem nos supre. De outro lado Jesus nos ensina que também é necessário aprendermos a viver um dia após o outro, sem termos ansiedade pelo que acontecerá ou havemos de ter no dia seguinte (Mat 6:33-34).

Nos dias de hoje as coisas mudam de uma maneira cada vez mais rápida, e a ansiedade tem tomado a vida das pessoas dessa mesma forma por causa das incertezas do amanhã. Olhando para essa realidade, qual seria a nossa reação se vivêssemos na época em que o povo de Israel saiu do Egito em direção à terra prometida, e tivéssemos comido do maná que caia diariamente do céu? (Ex 12-16). Bem, vejamos o que Jesus nos ensina a orar também aqui, pois eles colhiam o maná pela manha cedo, ou seja, o sustento daquele dia era envia por Deus logo pela manhã, porém na medida exata para que não faltasse nem sobrasse. Porém se alguém não colhesse, pensando em deixar para o dia seguinte, aquele pão já começava a apodrecer e cheirar mal. Em tudo isso se vê a mão operadora de Deus, que claramente sustentava o povo de Israel no deserto, mas também nos sustenta hoje. Porém, mesmo que hoje não tenhamos esse pão caindo do céu, temos Jesus, que foi prefigurado pelo maná, por isso Ele mesmo testemunha: “Eu sou o pão que desceu do céu” (Jo 6:41).

Porque de fato devemos ter em nossos corações um desejo ardente de sermos sustentados não somente de alimento físico, mas sim de alimento espiritual. Afinal, “não devemos nos preocupar com o que havemos de beber ou comer, nem como o que vestiremos, pois a vida é mais importante que o alimento, e o corpo mais que as vestes” (Mat 6:25), pois Deus sabe que temos necessidade dessas coisas, por isso devemos buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua Justiça, e então todas estas coisas nos serão acrescentadas (Mat 6:33).

Dessa forma, qual seria o nosso melhor café-da-manhã senão aquele em que nos assentamos com o Senhor para “comer” do Seu Pão, lendo a Sua Palavra e oramos para sermos alimentados de Cristo por todo o nosso dia? Sim! Esse sustento não somente nos mantém nesse dia, mas também sustenta em nós uma nova vida que será mantida eternamente, cuja qual cada vez mais sente fome e sede desse pão espiritual que é Jesus.

Com certeza você já ouviu falar esse versículo: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rom 8:28). Oh! Quão animador é sabermos que essa é uma verdade no Reino de Deus! Mas aqui precisamos compreender duas coisas: Somos chamados? E, Qual o nosso bem? Pois sem compreendermos isso estaremos colocando esse versículo como um amuleto de sorte em nossos pescoços. Por isso, qual o nosso bem? “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rom 8:29). O nosso maior bem é sermos transformados à imagem de Cristo! E é para isso que todas as coisas irão cooperar juntamente. Mas o outro ponto é: Somos chamados? Bem, você alguma vez já foi tocado para que se aproximasse de Deus, considere isso em seu coração e questione-o. Porém se não, quem sabe Ele esteja te chamando agora? Por isso ore à Ele, e peça perdão por seus pecados para que o Reino de Deus venha também sobre a tua vida a fim de se alimentar desse pão diário que nos é dado e que devemos desejar!